domingo, 4 de abril de 2010
ainda
imagem: gisela giardino/flickr
hoje amanheci poeta e sei
meu verso é cru,
é avesso
não há lucidez na dor.
nem calma no romper de laços:
não te quero assim
sonhadora, romântica,
buscando alhures
o que aqui não se encontra:
as doze tulipas vermelhas
:adeus
a poesia fere,corta,
machuca,retalha
e sua luz iridescente
Me atropela pele e poros
Eu,pecador, absoluto em meu pecado,
todo poderoso construtor dos meus desvarios,
confesso-me a mim:
do nada vim
Tudo é nada
O nada que me reveste
Ao querer ser tudo.
A paisagem se desdobra à minha frente
feita de brilhos e barulhos matinais
Nada demais. Nada mais.
Hesito em soltar os monstros
Ou deixá-los dormir
Nestas mansas tardes outonais.
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4 comentários:
pois então é cru que vou comer os teus poemas...
Danilo que intenso seu poema, adorei!
bjs
Danilo, que belezura, que intensidade e magia. Vou fazer como a Nina: comer cru seus poemas. beijos.
Demais! Poema que atropela, mas resgata.
Abraço.
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