segunda-feira, 18 de março de 2013

cadê pasargada?


Rosnamos todos, lobos ou cordeiros
buscando o inacessivelocino
de ouro
sonhando as escadas
loucidas

rumo ao flamejante reino
dos fazes de conta
a poesia
às vezes mar de rosas
às vezes merda & morta
é que nos guia:
cadê pasárgada, manuel?

sexta-feira, 8 de março de 2013

beleza inversa

,e cada vez mais, como uma certeza
muda,
como uma beleza inversa
perversa
eu sinto
e pressinto que tudo
leva ao nada:
ao nada incontestável,
ao nada absoluto
ao absurdo do não ser
metafísica à parte
sinto-me nadando
em circulos inconcentricos
e nem egocentrico sou:
doo-me aos outros, cuido, zelo,
amo,
declaro-me
e me divido
para tentar somar:
só o mar, com seus mistérios
e vidas submersas
pode absorver estes delirios
e absolver-me destes desvarios:
uma vastidão 
é a dor
que me assola
e cada vez mais,como uma certeza perversa
ou uma beleza muda
nada muda: nada
é o caminho em frente