segunda-feira, 18 de julho de 2016

beijo de linguas

como numa babel
enlouquecida
minha poesia  bebe
e come
e rema e rima
em ramas e romās
bocas vermelhas
palavras lindas
em qualquer linguimagem
e não morre à mingua:
minha brasilatina verve
beija e se enrosca
e se arrisca
arisca
em toda lingua
que sua e transpira
pira poesia!
na quietude
dessa catedral
a inquietude da alma
que se agita
e grita
no silêncio estridente
sussurrado
entre dentes:
um grito
que se eleva
como estalagmites
a um céu distante:
um raro instante
de busca
de paz

sexta-feira, 15 de julho de 2016

porque a vida pulsa
onde a vida ousa
ser muito mais
ouça:o canto da sereia
não te ilude.urge
urdir a teia
e a trama
da aranha solitária
que se recolhe
ao seu ofício
ao seu vício
de tecer
onde a vida ousa
e o sangue pulsa
os quasars e pulsars
explodem
buracos negros
de energia pura:
vidádiva
hino de amor
ao incontido correr
da natureza
que nos é dado sorver.
em cada fio de vento
que nos bagunça
o cabelo.
isto é belo.
porque a vida pulsa
onde a vida ousa
ser muito mais
ouça:o canto da sereia
não te ilude.urge
urdir a teia
e a trama
da aranha solitária
que se recolhe
ao seu ofício
ao seu vício
de tecer
onde a vida ousa
e o sangue pulsa
os quasars e pulsars
explodem
buracos negros
de energia pura:
vidádiva
hino de amor
ao incontido correr
da natureza
que nos é dado sorver.
em cada fio de vento
que nos bagunça
o cabelo.
isto é belo.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

quem se lembra
dos tempos de infância
en que as senhoras
eram sas?
samunduca.e seu quintal
povoado de goiabeiras
e outras delicias...
satiana
da esquina da rua nova
na outra esquina
sadonana
de fala mansa
e sorriso largo

descendo mais um pouco
a rua do brejo
sacaruncha
para outras bandas
sadonana do canjica
samaria procópio
que trouxe à luz
tantos de nós.....

quem se lembra
desses tempos
em que a gente brincava
de pique de birosca
de papão
de rodar arco
de soltar pião
e aos domingos
ver filme de tarzan
no cinema de zito?
com meu pai Antônio
assusti meu primeiro filme:
tarzan e a expedição perdida...

ê saudade boa
daquela cidade.e
daquele tempo..quem viveu
curtiu
e a memória marcou
forever
aquela meninada dos anos
cinquenta....