segunda-feira, 28 de setembro de 2009


foto: no longer a bud in flickr/pwinn

e a bailarina
menina
dança
mansa e imensa
em seu mundo
de marfim e porcelana.
dança
uma música antiga
que evoca passarinho
e primaveras.
a bailarina menina
dança
suspensa
entre o tempo e a memória
perdida
numa porcelana rosa.

(ela não sabe que,fora,O mundo não é assim:
tão rosa tão riso, tão calma,
tão plácido, tão primaveras
De Vivaldi
tão tépido como vinhos de outras safras:
ela não sabe a dores,
a temores, a medos
e a segredos não compartilhados.
nem de fomes diversas ela sabe
nem de mortes, meros temas
entre tantos
Ela não sabe...)


mas deixemos que dance
até que lhe acabe a corda
e que uma mão invisivel
gire de noivo a manivela
e lhe dê asas, e lhe dê velas
para o reinicio do sonho:
a bailarina menina
pequena,suave e doce
dança
num mundo delicado
em porcelana
sua vie em rose.

3 comentários:

Sônia Brandão disse...

Dan, encantei-me com a delicadeza das imagens e o ritmo gostoso desse poema.

bjs

Adriana Godoy disse...

O mundo lá fora é cruel, mas ainda bem que ela tem um mundo mágico e rosa e que pode acreditar nele. Belo poema, Danilo, lírico, suave, ritimado, uma dança boa de dançar. beijo.

anamineira disse...

Amigo Dan,
Assim deveria ser o mundo feminino, uma eterna danta terna.
Será?
Lindo poema!
Um abraço apertadim,