sexta-feira, 14 de maio de 2010

torquateando


imagem: dariuszka/flickr

Torquateando a fogo
afago,
e afogo coro dos contentes
ateando fogo às vestes
engulo o veneno das vespas
e das vestais
Que auguram paz.

Torquateanas
loucalúcidas
bocas túrgidas
que beijam o caos
E trepam
com o infinito:
que sensações buscadas
nas estranhas entranhas
das entrelinhas
te trouxeram
o asco da existência?

Torquateando
incendeio estrelas
e escancaro sóis
obscuros, nas trilhas
dos caracóis:
não chore, baby,
a vida é assim:
É fim.

Ensaio
no trono dos tolos
atirando tijolo e pedra
nos costados dos navios
pavios
para o inconsciente.

Cogito.Existo.Resisto
e insisto no caminho
ainda e apesar.
Torquateando fogo
na mesmice
e flertando,
obliquamente
com o caos e anarquia
absorvo metáforas
absolvo metástases
e respiro palavras
na busca do sentido.


um mínimo cantanárquico para o poeta destoante do coro dos contentes.

4 comentários:

nina rizzi disse...

danilo, adoro o torquato, pra ele também fiz uma canção, canção pra assentamento; assim como também adoro vc. ó, coisa mais cês dois juntos, visse.

meu beijo, fazendo coro.

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Muito agitado, muito inquieto, mas, muito vivo! adorei! bjs

Lou Vilela disse...

Visceral! Gostei muito, meu caro!

Bjs

Adriana Godoy disse...

Toquarteei eu, toquarteamos nós! Muito bom! Beijo.