o dom da palavra
o som
das muralhas que se dobram
ao poder da voz:
a língua, o toque, o torque
no corpo, o sabor acre e doce
o lírico lírio
a verter vertigens
em pupilas e púbis:
a língua
iridescente poema
indecente
a desenhar desejos
pressentidos
nas madrugadas insones.
4 comentários:
A palavra é uma arma, mas, poucos sabem fazer uso dela, de forma tão encantadora.
Adorei o texto! bjs
dan,
sempre fico fascinada com o encadeamento que você consegue em termos de imagens poéticas!
belo eco!
beijos
Uau! Que beleza!
Parabéns pela construção, meu caro!
Beijos
ah, a palavra, ela nos salva. estamos armados até os ossos, camarada.
beijos.
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