segunda-feira, 24 de maio de 2010

eco da palavra

o dom da palavra

o som
das muralhas que se dobram
ao poder da voz:
a língua, o toque, o torque
no corpo, o sabor acre e doce
o lírico lírio
a verter vertigens
em pupilas e púbis:
a língua
iridescente poema
indecente
a desenhar desejos
pressentidos
nas madrugadas insones.

4 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

A palavra é uma arma, mas, poucos sabem fazer uso dela, de forma tão encantadora.
Adorei o texto! bjs

Cosmunicando disse...

dan,
sempre fico fascinada com o encadeamento que você consegue em termos de imagens poéticas!
belo eco!
beijos

Lou Vilela disse...

Uau! Que beleza!
Parabéns pela construção, meu caro!

Beijos

nina rizzi disse...

ah, a palavra, ela nos salva. estamos armados até os ossos, camarada.

beijos.