sábado, 6 de fevereiro de 2010


imagem: in a dream - flickr/magicattic88

I have had my head bent for truth and treason.
I'm the fox of reason.
I'm an eagle in the whirlpool.

* * *

Michael mcclure –

hum

sei. Sou a sombra de mim e dos outros
e suporto fardos que pesam as dores
do mundo mundo que não sabe
o que carrego dentro
desta mochila estradeira
dos anos sessenta.

saudades não de ddesbotados
serafins coroando anjos e deuses
no olímpico nirvana
de ioguins e iogurtes
de sonhos brancos e canções
enjoadas
de liras mormacentas. quero, sim.
muito mais de ti e de mim muito mais
do que se apresenta.

as viagens clandestinas
A lisergia do poema que não se perdeu
nos anos setenta
a loucura insana e crua de ser
homem num planeta belo
e destinado
ao pó.

quero sim,o útero de estrelas
tudo, tudo, enquanto
canto enquanto ando
enquanto grito uivo escarro
enquanto sangue e carne
persistirem em mim-

quero ser tradução
da poesia doida e desvairada
que deve nortear
todos os passos.


humms

Sei. Sei que sou a sombra
de mim e dos outros
e que carregar mundos nos ombros
é fardo fácil, é doce oficio
quando nos encantamos
com a grandeza dos pequenos
E nos espantamos
Com a apequenez dos grandes.

há ordem no caos, há uma ordem caótica
que rege os mundos pequenos
e a árdua batalha das espécies
que se enfrentaam nos subrterrâneos.
Não essas batalhas rudes e campais
das coisas grandes. Mas aquelas
de asas de boboletas, de pios de pássaros,
de húmus, de minhocas, de vermes,
de formigas e outros nossos irmãos
menores.

sei.O universo sé um mimo,
um brinquedo,
um pedaço de estrela
na ponta do alfinete, e nós somos tão tolos
e inúteis, nesse mister.

prá que pisar flores
e arrancar as asas dos insetos?
prá que querer ser mais
do que insossos mortais?

ora direis, olhar estrelas-
ora direi, olho as estrelas,
ouço as estrelas
e sei
que o mundo é brinquedo sim,
Como bola de sabão
E de repente, ploft- bum- vupt
Se desfaz...

4 comentários:

Lou Vilela disse...

Estou por aqui agora, homem! ;)

Bjs

danilo disse...

lou, valeu! vamos nos ler por aí!

Adriana Godoy disse...

Danilo, um poema lisérgico como os anos sessenta. Entre iogurtes e pó, a poeira das estrelas num rastro de poesia. Belíssimo mesmo; como coube em mim!! beijo.

nina rizzi disse...

eu gosto do mcluhan, mas vc é muitooooooooooo melhor :)