segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

merda

,em desalinhos desatinos cabelos longos
e dedos lentos
flutuando sobre os nadas
,a que nos propusemos
estamos correndo:
umdoistrêsdezquinzevinte

imagem: flickr/zigazou

trintacinquentasessenta
oitentanoventa
cemsem?
e morremos a cada dia
a cada instante
mutante
constatações:
somos o queê?
somos o x?
olhai os lírios do campo
e os pássaros do céu:
olhai as naves
e os aviões
e as garras dos gaviões:
tudo tem um princípio
qual o objeto do fim?
o precipício do início
os nossos cios
dores paixões
tesões
tensões
tendões a nos unir
ao invisível:
o que é isso?
merda?^
tudo conspira e
piramos nós:
pairamos sob/re n´pos mesmos
como insossos espíritos.
somos apenas ossos
e carne:
flor seca, cinza,
uma lembrança futura
marcas,
nos corpos de alguém,
    

2 comentários:

Adriana Godoy disse...

Danilo, talvez pelo meu momento, somos o quê? Uma merda frágil que a qualquer momento é jogada no esgoto. Seu poema me bateu de uma maneira interessante. Hoje estou deprê...meu pé dói, a alma mais ainda. A poesia salva, a sua, especialmente. Beijo

cisc o z appa disse...

danpoetry!
como não se des
esper
ar
arrancar do teatro moderno hipócrates
e esquecermos
(esquecer é quase a felicidade)
esque.ser.mos

a
que
somos

viva, meu caríssimo dan!

abraços ternos,

zappa