sexta-feira, 4 de novembro de 2011

assim, a nu

onde foi que guardei
os velhos poemas,
os livros de ontem?
em alguma gaveta, mas olhe,
não quero mais reverências
ou referências
reticências
ao passado ou ao futuro:
a vida está sendo escrita
a ferro e fogo, nas pedras,
nos corpos
e nas almas:
a nós, cabe vivê-la
enquanto há tempo:
e traduzir, em palavrimagens
nossos corações:
assim, a nu.

Um comentário:

Adriana Godoy disse...

Assim a nu vamos nós nessa nau louca que é a vida. Os guardados tornam-se novos se os lemos com outros olhos. è assim, poeta! Bonito isso aí. Beijo