terça-feira, 8 de novembro de 2011

seda ii


dentre as dobras do tempo
eu me dobro.
em suas fendas
me escondo.
sob as ondas do tempo
soçobro
qual partícula de areia
intangível
que se dilui no turqueza
das águas.
ah! as águas do mundo
me embalam
e me embolo, qual feto
aturdido
aos primeiros frêmitos
da luz.
...
! mundo, mundo, mundo,
como são várias
as árias de sua música
os signos e
suas leituras
tantas (im) possibilidades!
...


onde me dobro,
onde mergulho,
onde me encolho,
como me escolho,
onde me acolho?


onde guardar
meus fardos
meus fados
meus dardos
e meus casulos
que antecedem a seda
mais fina,
e a renda
mais perfeita?

Nenhum comentário: