..e no principio
a palavra pairava
etérea
sobre um campo infinito:
nem silêncio, nem grito,
sua imagem
apenas miragem
de adões redivivos.
então a palavra se fez
cerne
fibra,nervos
se fez cisne
a navegar em mares
e sonhares:
aí a palavra fez-se
carne
músculos & sangue
:ossos e nervatura:
doce mansa cega crua
uma confusa babel
fez morada
na língua molhada:
..reza e raça
faca
cortando fundo
na carne.
3 comentários:
danilo, eu tenho corrido muito e lido pouco, tenho feito muitas fotos... mas hoje vim só para matar a sede da palavra, e resulta que aqui é sempre o bom lugar.
abração!
Danilo, meu querido !
Que prazer passar por aqui e ler um poema maravilhoso como esse...
encanto-me com seus escritos !
um grande abraço, poeta !
Aff, q puta jogo de palavras... caramba...ritmo desritimado...mto bom.!
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