domingo, 22 de maio de 2011

versiculo zero

..e no principio
a palavra pairava
etérea
sobre um campo infinito:
nem silêncio, nem grito,
sua imagem
apenas miragem
de adões redivivos.
então a palavra se fez
cerne
fibra,nervos
se fez cisne
a navegar em mares
e sonhares:
aí a palavra fez-se
carne
músculos & sangue
:ossos e nervatura:
doce mansa cega crua
uma confusa babel
fez morada
na língua molhada:
..reza e raça
faca
cortando fundo
na carne.

3 comentários:

Cosmunicando disse...

danilo, eu tenho corrido muito e lido pouco, tenho feito muitas fotos... mas hoje vim só para matar a sede da palavra, e resulta que aqui é sempre o bom lugar.
abração!

Moisés de Carvalho disse...

Danilo, meu querido !

Que prazer passar por aqui e ler um poema maravilhoso como esse...

encanto-me com seus escritos !

um grande abraço, poeta !

Jan Góes disse...

Aff, q puta jogo de palavras... caramba...ritmo desritimado...mto bom.!