sexta-feira, 9 de março de 2012

transe

lanço-me ao cais do efêmero
e como concha me calcifico
no mínimo transitório
transito entre o provisório
e não me quantifico
nem dias, nem anos,
a memória são planos
subrepostos
na dualidade,pressinto
os longinquos nirvanas[
e as estâncias zen
sigo assim, di/lapidando pedras
do caminho
para rasgar estradas
ou detonando estradas
para florirem as pedras
do meio do caminho
as pedras são pedras.simples
como o ar que se respira
a vida é dádiva
rumo ao incerto,
caminho, voando
no dorso dos poetas
que fizeram sua casa
sobre improbabilidades

2 comentários:

Amanda Lemos disse...

Olá, vim conhecer seu blog e gostei muito, diga-se de passagem... :)
E te convido para conhecer meu espaço, caso queira dar uma olhada, seguir..;

http://www.bolgdoano.blogspot.com/

Adriana Godoy disse...

Você dilapida as pedras, eu as como.

Bonito demais, Danilo.

Beijo