quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


maio maior

te segui naquele dia
e vi teu rastro verde
desaparecer na neblina.
era maio.e maior era o desejo
do que o frio da calçada.
de repente, nada
e eu fiquei ali,
com a mão solta no ar
coreografia pornerótica
buscando teu olho-corte
porte de navalha cega:
de repente, ali,
em meio ao caos
eu-sozinho
em meio às ondas verdes
dos faróis. 

Um comentário:

Adriana Godoy disse...

Muito lindo, Danilo. Uma sensação de dejà vu. Gostei muito, identificação imediata. Beijo