quarta-feira, 8 de junho de 2011

spleen

...ando à beira dos precipícios
com os pés no vazio
e os olhos no oco do mundo
...ando no frio da navalha
e sinto,a cada instante, o toque
gelado do corte, esfacelando
esperas
ainda me sinto vago e me sento
no topo dos everestes
longinquos
esperando nada.
ando à beira da vida
e nem me bastam copos de cicuta:
é muito mais crua
a desolação.

2 comentários:

Celso Mendes disse...

cortante...

belo poema!

abraço.

Adriana Godoy disse...

Oi, Danilo! Tenho visitado pouco os blogs, mas adoro vir aqui. Momentos iguais, talvez?

A noite está em mim, em você, mas de manhã tudo pode mudar, quando a gente olha esse céu lindo de junho, com o sol morno que nos aquece.

Lindíssimo seu poema, comovente mesmo!

Beijo