sexta-feira, 15 de novembro de 2013

chimera

falso é o cheiro que exala
desses acres líricos de plásti
cos de silicones rijos
dessas bundas moles
tanto tudo prá nada
falso é o perfume
que explode
dessas frutas pálidas
esquálidos corpos em forma
de nada os homens são assim
presos
à cadeias invisíveis
que nem sentem mais
quando o copo esvazia
e rarefaz o ar:
lá, no horizonte,
dançam anjos banais
e as chimeras  choram
querendo muito mais
que se acredite nelas
mas a vida é frágil
é frugal
e se esvai, mais rápido
do que sua últi
má tracada[

Um comentário:

Adriana Godoy disse...

Danilo, adoro ler seus poemas sempre. Um 2014 mais que lindo pra você e que a poesia sobreviva.
Um forte abraço,
de sua amiga ,
Adriana