sábado, 12 de junho de 2010

obsceno


imagem: arkano3/flickr

ou não?
fazemo-nos obscenos
soltando os bichos
e sacando a cena:
acenos, assanhos,
sinos assassinos
e badalos bêbados:
acenos obscenos
nos trazem gentes
que só querem tudo
a nada remando:
obscenos
plenos de bordejos
pintamos e bordamos
nas camas e fora delas
as flores, as flores virão
em seu momento exato:
antes, os olhos, as bocas,
peitos, coxas e bundas
são nossos arautos
rumo à plenitude:
Ddpois, a mansidão
os lírios e os poemas
sujos ou não.
Ou não?

5 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Danilo, obsceno ou não, depende do olhar

bjs

nina rizzi disse...

obscena é a guerra, a fome.

beijos, camarada.

Lou Vilela disse...

Endosso o que a Nina escreveu. ;)

Beijos

Adriana Godoy disse...

É isso, obscena é essa vida desigual e suja...o seu poema é prenhe de significados, de luz e de ritmos alucinantes. Nada de obsceno, tudo de belo. Beijo.


PS: Acabei de ler o seu poema dedicado a mim. Fiquei muito feliz e orgulhosa. Obrigada de verdade, Danilo.

nina rizzi disse...

dan, somo-nos essa força de um tudos ellenizados. agora. lá.

beijos.