Radioativo, meu espírito irradia azul
Desmancha céus de estanho
Nos castanhos olhos nus da madrugada”
RaiBlue
Meu espírito, perdido na imensidão
de um espaço blue,
vagueia, vagabundo, pelas madrugadas,
buscando o blues antigo, aquele blues
girando como ciranda, billie holiday
blue gardenia
que nos eleva, enleva-nos e nos leva
de volta ao caminho de Santiago
ao sagrado segredo
da diáfana e transparente
flor de lótus
A transmutar nossos chacras
em pura energia azul.
Azul, azul, translúcido azul
a nos trazer de volta
ao ventre do universo
ao tépido calor do verso
Que inda éramos,
antes de nascer.
azul luz azul, nirvanas prometidos
Paraísos visitados,
nas asas dos poetas,
viagens astrais:
eia, vamos pois, navegar nas águas
puras e serenas
Dos poetas viscerais
seminais.
Eia, vamos pois,
desmanchar os céus
de estanho,
de estranhos chamados
que não são para nós:
vamos lançar bombas de versos
sobre os céus de chumbo,
sobre os céus escuros
e seus significados obscuros.
Vamos rabiscar,
com o azul do lápis-lazúli
em nossos cadernos de estórias
de memórias.
Vamos lançar chuvas azuis
a reverter chuvas ácidas
de corações duros
e empedernidos
que não ousam ser.
Eia, vamos lá, converter
estes estranhos céus de estanho
em castanhos e perfumados
olhos nus da madrugada
entranhas da madrugada,
e vamos, ornados de flores de lótus
e de gardênias azuis
deixar o blues correr solto,
Sofrido, lírico,
trazendo-nos sensações de deja-vu:
Blue, blue, blues
Transforma todo o cinza
Em luz!!
Danilo de Abreu lima- Brasília, 31 de março de 2008.
sobre a obra
Um poema sobre verso do poema" No meio do caminho, uma flor de Lótus..." de Raiblue
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