terça-feira, 6 de maio de 2008

PORTO

Onde aportei meu corpo
não havia porto
definitivo
e os ventos sopravam do alto mar
seus segredos incontáveis.

Meu corpo à deriva,
qual barco
me acolheria?
Minha alma a vagar
em ondas, onde anda
meu pensar?

Este porto em que me aporto,
esta porta em que me adentro,
este perto que é tão longe:
cisma a alma, sobre as águas
que em torvelinhos vão:

O mar é grande,
grande é o mundo,
enorme é meu coração.

Poema sobre verso do poema " Apoteosicidades"
André Teixeira · Aracaju (SE

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