terça-feira, 13 de agosto de 2013

treze

sem sentido, diria eu,
em qualquer tempo
estarmos aqui assim
num dia assim
que fim? perguntaria
em meio ao caos
de um mundo malouco
caindo aos pedaços
quebrando em cacos
homens inúteis
até onde vemos
o que é isso aí?
é isso aí, mano,
vociferam vozes
embrigaadas
no tédio
que remédio?
sim, sentido, estar aqui,
e sem perguntas
sem respostas
sem repastos
sem luz, sem paz,
sem lembranças
os sonhos ainda existem
mas as musas se calam
ante o inevitável:
na esquina,
na curva do tempo,
ali na frente,
tudo pira
e expira a vida:
o que é a vida
esta força motriz?
quando os nervos gelam
e as visceras secam
resta a saudade
esta palavra louca
esta coisa inlúcida
e a dor das perdas:
sem sentido.

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