sábado, 21 de março de 2009

flor e concreto


flor-estrela - foto by Nekrun/flick

Contra os céus de concreto
e o chumbo das cidades
explode a flor:
a beleza se insinua
nua
contra a miudez
e mudez
dos cinzas antropomórficos.

Flor:
que rompe o concreto
e entre frestas
invade
a rudeza do cimento
e a crueza de uma vida
acinzentada
conclamando
à batalha contra o tédio
contra o néscio
contra os vícios
e os ócios
contra os sócios
do escapismo:

Flor: epifania sagrada
Que nos remete
Ao divino.

5 comentários:

cisc o z appa disse...

que flor é esta?

é essa imensa
alma
que aflora
a poesia

é você
novamente
nos pro vocando
nos possibilitando
possibilitanto
a vertigem
e a nudez dos novos planos


abraços meu poetamanho!

é sempre prazeroso
a passagem
por aqui:

inquieta
e alimenta!

Benny Franklin disse...

Admiro a força da sua poesia!
Abçs

Beatriz disse...

Na floresta
Perdida
Je suis chat

Nesta flor está
Tudo e tanto
cuidado
que o contato

todo

num pulo
se perdeu
flor que resta

sou



Ah, Dan, hoje não restou flor, nem palavra. Só deserto

Adriana Godoy disse...

O contraste evidente desperta imagens belas que nos salvam da crueza diária. A flor que rompe o cimento. Lindo poema.

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Rosa
Flor
Exubera
Gostosa Perfumada
Toda essencia
Um vidro
na pele
da terra
do corpo
Divina
e sempre Divina
mesmo
em asfalto
no canto
meio fio
Fio da navalha
sangra
Vida
Mulher