quinta-feira, 12 de março de 2009
UROBORUS
imagem: Uroborus- flickr/Leo Reynolds
Caminho no precipicio
entre o fim
e o inicio
em jardins
e delícias
e atinjo mundos
fundos
de poços
intransponiveis.
Sou translúcido
ou obscuro
opaco ou hialino
plácido ou fescenino
conforme o mote
caminho na luz
e no escuro
e me penduro
nos fios da navalha
nestes enduros
por trilhas
Ignotas.
Somos todos assim:
avis raras
dos paraísos perdidos
e proibidos desfechos:
uróboros contemporâneos
restituídos aos mitos
aos gritos primais
mordemos a própria cauda
e destilamos venenos
para nossas próprias almas.
Caminhamos em circulos
em circos plenos de vícios
e buscamos as rosas místicas
as ordens ocultas
e os segredos alquímicos
das transmutações:
Somos todos assim:
e caminhamos, impassíveis,
impossíveis
implausíveis
Rumo ao fim.
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Um comentário:
esses caminhos turvos, liquefeitos, raros e sublimes projetam-se como pontes entre precipícios. somos todos, os poetas, aves de arribação. caminhamos para forra dos círculos, alheios aos padrões e repetições. meus comnetários, talvez, digam algo diferenciado do teu poema. teus "oroborus" me conduziram para um pitro lugar.bj
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