o poema fala
a música
dos seus próprios nomes.
Nominar o inominável
Gravar o indelével
Penetrar o inescrutável
é querer dar nomes
aos que fazem da palavra
sua lavoura diária.
Ouvir bilac, de seu parnaso,
ouvindo estrelas
in extremix
ninar bandeira
com seus versos
meninos
Roubar de drummond
a memória do ferro
das minas que não
há mais.
Cantar com cecília
as canções eternas
daquilo que é efêmero
e com adélia
os cantos sacro-profanos
deixados nos panos
de prato, das canções.
Sofrer
com florbela
Com plath,
Com clarice
as dores femininas
do amor
não amanhecido.
Penetrar nos infernos
em todas as estações
nos odores dos jardins
de baudelaire
e amar as musas loucas
de appolinaire
e subir aos montes
e descer
aos vales
e savanas
com verlaine
e rimbaud
tudo que se amou.
Como lautreamont
gozar os gozos impensados
e se atirar às alturas
e às profundezas
como blake.
Nominar os sentimentos
num onomástico rol
de onomatopéias
que possam traduzir,
para cada poeta,
suas epopéias
na busca
pela palavra perfeita
a definir
suas vidas em sonhos
num mundo imperfeito.
Difícil feito.
3 comentários:
O estômago de Artaud agradece...
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
o difícil aqui é fácil. beleza, Dan.
sobre os nomes você deitou e rolou npo domínio da rima perfeita com nomes e línguas tão diferentes
Perfeito! o lugar do poeta...
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