..tu do nada vieste
Tudo é nada
O nada de que te revestes
Ao querer ser tudo.
Tudotudotudo
Nada
Contra a correnteza:
O nada até te abisma
Por conter em si
O tudo
O totem
os tutti
quanti
rios vazios
vasos sem flores
e mares sem ondas
ou peixes.
O nada me assombra
Como sombra. Soçobram
Em mim
Suas tristes memórias.
Só me sobram
O medo e o enfado
esses fardos
Nesse fado.
Tu do nada vieste
Tu do pó surgiste:
Dedo em riste,
Corpo ereto,
Cavernoso, te eriges
À tua própria imagem
E desessemelhança:
És nada, entretanto,
E nenhum canto,
qualquer pranto,
nenhum mantra
Nem encanto
É capaz de salvar-te
Da tua condição:
Pó de estrelas
De luzes morrentes
Há quantos bilhões
De anos-luz?
Veste-te
De tua insignificância
E aproveita o tempo
Que te é dado viver:
Sorva a poesia
Como quem bebe água fresca
No deserto das idéias.
Pois...
Tudo é nada
O nada de que te revestes
Ao querer ser tudo.
Tudotudotudo
Nada
Contra a correnteza:
O nada até te abisma
Por conter em si
O tudo
O totem
os tutti
quanti
rios vazios
vasos sem flores
e mares sem ondas
ou peixes.
O nada me assombra
Como sombra. Soçobram
Em mim
Suas tristes memórias.
Só me sobram
O medo e o enfado
esses fardos
Nesse fado.
Tu do nada vieste
Tu do pó surgiste:
Dedo em riste,
Corpo ereto,
Cavernoso, te eriges
À tua própria imagem
E desessemelhança:
És nada, entretanto,
E nenhum canto,
qualquer pranto,
nenhum mantra
Nem encanto
É capaz de salvar-te
Da tua condição:
Pó de estrelas
De luzes morrentes
Há quantos bilhões
De anos-luz?
Veste-te
De tua insignificância
E aproveita o tempo
Que te é dado viver:
Sorva a poesia
Como quem bebe água fresca
No deserto das idéias.
Pois...
2 comentários:
pois... sorvo a poesia.
Niilismo a la Danilo com um toque requintado de poesia. Muito bom, viemos do pó e ao pó voltaremos e nessa breve existência que tentemos sorver um pouco mais do que a nossa insignificância. Vamos à poesia. Bj
Postar um comentário