sábado, 31 de janeiro de 2009
ORA DIREIS, VER UNICÓRNIOS!
Poema inspirado pelo conto do autor americanoJames Thurber, " Um unicórnio em seu jardim"
foto " Unicórnio II" no site Flickr/Ferran
O unicornio passeia
no jardim
sua implausibilidade.
Entre os jasmins
e rosmarins
passeia, plácido,
o unicórnio
pastando rosas
e lírios
delírios
de quem o vê.
È impossível estar ali
aquele unicórnio
ímpar
mítica imagem
como seus irmãos
centauros
e minotauros
a torturar retinas
camufladas
em paredes
de pedra.
É-lhe impossível
estar ali
pastando musgos
e rosas
em plácida postura.
No entanto
Ele ali está
desafiando os olhos
que teimam em decretar
sua inexistência.
O unicórnio pasta
no jardim
comendo rosas
e lírios.
Sim. Ali está
E ai de quem não o vê
Com os olhos do coração.
Perderá a razão
Do sonho
E o sonho da razão.
E só lhe restará
A camisa de força
do real
Que aí está,
todos os dias,
em toda página
de jornal.
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Um comentário:
que maravilha!
dani,
vou copiar
e colar no cisco...
tem algo
de mistério
nesse teu falar
que assombra tudo que é sério
no estalo
de sonhar
e ai
de quem não se deu conta
de que brincar
é coisa séria
no alto de uma poesia etérea
evoé, poetamais!
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