domingo, 3 de agosto de 2008
ILUMINURAS
Há que se descobrir
nas entrelinhas
o sentido táctil
o tato oculto
de todas as palavras.
Senti-las nas mãos
rolá-las como seixos
como peixes,, amá-las
na clareza do aquário.
Perceber, com os lábios,
suas texturas,
tessituras acridoces
de frutas maduras
e mordê-las
sorvendo sua carne:
sumo prazer.
Na pele, acariciá-las
como flores no cio
em orgasmos líricos
lúbricos lírios
alvos
a corar no gozo
do pleno entendimento.
Há que se desfolhar o poema
Há que se amá-lo
como se fora
o último sobre a terra
como se fora
o primeiro
e derradeiro amor.
As palavras estão vivas.Pulsam
nos veios do papel.
As palavras tem veias, seios,
sexos
e querem de nós muito mais
do que simples toques,
de comuns mortais.
Querem nosso mergulho
irracional
incondicional
sem escafandro
ao fundo do seu mar.
Descobrir sutilezas
e deslumbramentos
como nácar de pérolas
e iluminuras de corais.
sobre a obra
As palavras estão vivas, pulsam, clamam por nosso mergulho em seu mar interior.
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