Se a espuma que
Irrompe do nosso mar interior
em cólera
extrapolasse os sentidos
escancarando essa dor,
a dor que ascende, calma,
dos recônditos da alma:
Arma cega dos mortais
jamais.
Se tudo que nos devora,
se as bestas interiores
Em seu galope trôpego,
em tropéis agalopados
aflorassem, como as ondas,
de um mar secreto, revolto,
envolto em névoas, neblinas,
em redomas espumantes
nunca dantes entre dentes,
O coração pararia, num instante,
solto no ar, (como um lancinante
ato de mergulhar).
E buscaria, no seu âmago,
amargas lembranças ancestrais
da cólera, que se esfuma no ar.
Ver através da mascara,
mascarar a face,
mascar, num ranger de dentes,
aquilo que se tornasse
dor, e sem piedade se entregar
à fera
que nos devorasse.
Ah! Mares interiores,
secretos mares
de ondas seculares,
barulhos ensurdecedores
que só se ouve quando se está só:
Rimos, rimos, rimos,
Buscamos rimas, rumos, pranas, prumos,
Nortes,sortes, mas no fim do caminho
Só o fim do caminho:
o fim.
2 comentários:
ganhaste um leitor assíduo certamente...
um prazer conhecer teu blog,
vou me permitir conhecê-lo melhor...
abraços,
JOE FERRY.
obrigado, joe, pela visita. Também visitei o teu blog. gostedi demais do visual e dos textos depois comentarei lá Abraços fraternos Danilo
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