nas entrelinhas
o sentido táctil
o tato oculto
de todas as palavras
senti-las nas mãos
o sentido táctil
o tato oculto
de todas as palavras
senti-las nas mãos
see ntinelas do acaso
rolá-las como seixos
como peixes, amá-las
na clareza do aquário.
perceber
suas texturas,
tessituras acridoces
de frutas maduras
e mordê-las
rolá-las como seixos
como peixes, amá-las
na clareza do aquário.
perceber
suas texturas,
tessituras acridoces
de frutas maduras
e mordê-las
goiabas,mangas,pitangas
verdevermelhos campos
sorvendo sua carne:
sumo prazer.
acariciá-las
como flores no cio
em orgasmos líricos
lúbricos lírios
alvos
a corar no gozo
do consentimento:
sorvendo sua carne:
sumo prazer.
acariciá-las
como flores no cio
em orgasmos líricos
lúbricos lírios
alvos
a corar no gozo
do consentimento:
pleno entendimento.
:
há que se desfolhar o poema
:
há que se desfolhar o poema
há que se amá-lo
como se fora
o último sobre a terra
como se fora
o primeiro
e derradeiro
as palavras estão vivas.
pulsam
nos veios do papel
em veias, seios,
sexos
e querem muito mais
do que simples toques,
de comuns mortais.
querem nosso mergulho
irracional
incondicional
sem escafandro
ao fundo do seu mar
descobrir sutilezas
e deslumbramentos
como nácar de pérolas
e iluminuras de corais,
nos veios do papel
em veias, seios,
sexos
e querem muito mais
do que simples toques,
de comuns mortais.
querem nosso mergulho
irracional
incondicional
sem escafandro
ao fundo do seu mar
descobrir sutilezas
e deslumbramentos
como nácar de pérolas
e iluminuras de corais,
Um comentário:
"querem nosso mergulho
irracional
incondicional
sem escafandro
ao fundo do seu mar"
Danilo, não é preciso dizer mais.
Beijo
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