segunda-feira, 1 de junho de 2009
não é assim
foto: pain- trying2/flickr
Não. Não é assim
O início de um poema
Que se diz
Feliz....
Não é assim
O fim...assim seco,
Assim asséptico,
Assim desinfetante:
É muito mais pesado
É sujo, é descarado,
É dolorido
É impactante falar de dor
De inicio e de fim
Não é nada leve
Nem breve
Como a canção que morre
No ar.
Nem deixa rolar
Que a lágrima não rola,
Saca?
A dor é muito mais imensa
E o buraco é muito mais embaixo
E os ficares não pressentem
Jamais
A temporada de dores
E estações nos infernos
Que podem caber nos versos
Dos poemas mais simples
Dos poemas mais sórdidos
Dos poemas mais plácidos:
A dor não escolhe lugar.
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9 comentários:
a dor não escolhe, se instala e é implacável... mas a beleza escolheu seu poema.
bjos
concordo com a mê. e tenho a quase-certeza de que os melhores poemas saem assim, em dias doídos...
belíssimo. tou passada.
Passei por aqui. Gostei.
Bom te rever, Dan.
Poesia sentida, doída. Tem que ser assim.
Um grande abraço.
Oi,gosto tanto da maneira que brinca com as palavras,que delicia de poema...bj!
"A dor é muito mais imensa"
"A dor não escolhe lugar"
Sim, ela se alastra...
Sorte que passa!
Acho que é a primeira vez que venho aqui. Adorei, teu poema tem ritmo, aprecio muito isso nos textos em geral... enfim... estou sem tempo agora para me debruçar em comentários. Um abraço!
Também quis ler os comentários, abraço e parabéns!
Belíssimo poema. Ele canta!
Como sempre, belo e forte no seu constante exercício de fingir a dor que deveras sente.
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