terça-feira, 13 de agosto de 2013

treze

sem sentido, diria eu,
em qualquer tempo
estarmos aqui assim
num dia assim
que fim? perguntaria
em meio ao caos
de um mundo malouco
caindo aos pedaços
quebrando em cacos
homens inúteis
até onde vemos
o que é isso aí?
é isso aí, mano,
vociferam vozes
embrigaadas
no tédio
que remédio?
sim, sentido, estar aqui,
e sem perguntas
sem respostas
sem repastos
sem luz, sem paz,
sem lembranças
os sonhos ainda existem
mas as musas se calam
ante o inevitável:
na esquina,
na curva do tempo,
ali na frente,
tudo pira
e expira a vida:
o que é a vida
esta força motriz?
quando os nervos gelam
e as visceras secam
resta a saudade
esta palavra louca
esta coisa inlúcida
e a dor das perdas:
sem sentido.

domingo, 11 de agosto de 2013

é foda!

a propósito do texto " entre a foda e a poda" do amigo zappa

o trabalho é foda
e poda o prazer
do fazer.
mas  foda não é trabalho
é do caralho foder.
a foda não é fardo
pesado, que deságua
em dores, cansaços
ou frustações
antes, é dardo
certeiro
num lance de alcance
a foda é prazer
de fazer
é sanha de amantes
a foda é roda
ao redor de
 quem amamos
ou desejamos na cama. é roda
que se abre, ao derredor da rosa
é prosa tesa, papos, cabeças ou não,
encantos, beijos roubados
(como antigamente)
mãos espertas,
peitos ariscos
a foda é não ter vergonha
de dar nome aos bois
bocas, peitos, bundas, cus, bucetas,
nenhuma palavra se esconde
tudo se expande
ao foder
e contra o poder
 a foda  não arrefece
só faz aumentar o prazer
que repousa no ócio

a foda não é trabalho
´d caralho é foder
até que os corpos suados
se  e4stendam, lassos
do prazeer

a foda é a fé
na vida
é a força motrix
nutriz
é semente da flor:
a foda não é trabalho
é p-razer
com amor
sem amor
é celebr-ação
do mais sagrado
do mais profano
]do ser.

eia, a foder!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

exatinexato

exato.
no ex-ato
contínuo
exalto-me
e continuo contigo
contíguo a mim

inexato.
hesito entre
o êxtase
e o êxito
neste este
oeste
sem nortes

morte é o fim?
amarte é a meta?
qual é o mote contínuo
do universo?

exato. te disse
e toquei tua mão
como as cordeias
de um banjo:
acordas em mim
um riso antigo
de anjo