de repente parei em minha corrida maluca feito um dique vigarista
e vi
pedras rolando ladeira abaixo despencando
sobre ribanceiras
estrondosamente caindo
no vazio
sós
espatifando-se em minúsculos
grãos
e me peguei pensando
no grande vazio
no oco do mundo.
no cu do mundo
prá onde caminham
todas as coisas perdidas
todas as almas que se armam
até os dentes?
de repente parei e pensei
naquele cão do cartun
e suas risadas de escárnio:
será que todos afinal
somos assim- meio diques
meio mutleis
numa corrida sem fim?
quarta-feira, 13 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
todapalavra
toda palavraarde inda que cedoinda que tardenum mar depossibilidadestoda palavra cedesem grito ou alardeao amargo da línguaao risco do bordadotoda palavra é poucaquando o coração transbordae arrebenta diquesmas o silêncio brilhae quer a palavra à minguae o embate se dáentre o calar e o calordo colar dos fonemastoda palavra é fortee farta.não se furtaà festa.nem à frestados sentidos.toda palavra ardenum tombar desentidostoda palavra é prenheem gravidez de sentidosque querem gritaraos ventosa lucidez de estar viva.
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